domingo, 7 de abril de 2013

Menos problemas, mais soluções...

Fácil mesmo é reclamar. Então queria fazer um post só com coisas boas!

Queria deixar um recado aqui sobre o Pé torto congênito. Eu achava que íamos sofrer muito mais! Na verdade a pior parte acredito que passou e que foi toda a parte de uma adaptação! Além de precisar me adaptar a uma nova situação (que foi ter um bebê), também tinha que me adaptar a um bebê que usava gesso, que chorava de cólica, que tinha ora frio, ora calor (por conta do gesso), que ia a cada 5 dias trocar o gesso e que por fim colocou uma órtese! Isso foi difícil sim, mas passou como num piscar de olhos... Minha mãe costuma dizer que no momento em que estamos vivendo a situação são as 24 horas intensas no dia, mas depois passa que a gente nem lembra direito!

Estou muito feliz com o progresso e a adaptação da Thaís! Pedia muito para ela ser tranquila, e hoje vejo que fiz muito bem em pedir porque tenho um bebê que é super adaptável às novas situações. Como diz a dinda dela: " Dorme bem, acorda bem, brinca bem, come bem e é feliz e de bem com a vida"! Isso não tem preço!
Só para se ter uma ideia, hoje em dia, depois do banho quando colocamos a órtese ela já dá o pezinho para colocarmos na botinha! Uma fofa!

Aqui segue algumas fotinhos:



sábado, 6 de abril de 2013

Algumas mudanças na vida!



Sabe quando vem aquela vontade de mudar o mundo? Daí a gente começa a pensar se o problema é a gente ou o mundo! Pois então, essa semana isso surgiu muito forte em mim! Acho que algumas decepções me fizeram pensar que se eu não mudar, tudo vai continuar na mesma.

A gente fica nesse estado inerte vivenciando o mesmo todos os dias. Isso não quer dizer que não tenho um tanque de roupas para lavar, uma filha para cuidar e um emprego para ir trabalhar...Coisa(sss) para fazer eu tenho de monte (rs) só que algumas vezes a gente faz tudo tão mecanicamente todos os dias, que pensando bem, eu acho que precisamos prestar um pouco mais de atenção ao redor.

Nossos antepassados viviam muito bem sem tanta tecnologia, sem tanta rapidez, sem tanta ansiedade. Parece que antigamente as coisas eram mais vividas ou vivenciadas. Onde havia amor, aquilo era de verdade. Hoje em dia é bem difícil imaginar como era antigamente! Ás vezes quando passa novela de época eu me pego pensando que é tudo ficção, que aquilo lá não existiu de verdade. Daí, ouço minha vó dizendo: Nossa! Era assim mesmo! Então existiu de verdade!!! A prova tá aqui do meu lado...Vivinha. Não quero com isso dizer que antigamente era bem melhor, nem sei se era! Só sei que antigamente não se vendia tanto antidepressivo como atualmente!

A vida vai passando muito rápido (a Thaís já está com 7 meses!), e passar horas na frente do computador jogando, na frente da televisão assistindo a vida dos outros, redes sociais, celular, internet e etc... é um tempo perdido que não volta mais (meta do dia: sair do facebook). Eu acho que a gente precisa prestar mais atenção no que estamos plantando...  Valorizar mais uma boa conversa, os amigos de verdade, as músicas que tocam o coração, enfim tudo aquilo que faz bem pra gente!

Finalizo com um pensamento muito sábio da minha mãe que diz assim: Favor conversar comigo agora que estou aqui porque depois não adianta ficar indo em centro espírita que eu me recuso ir lá fazer o que vocês tinham oportunidade de fazer aqui!




quarta-feira, 20 de março de 2013

De volta...

Nossa, faz bastaaaante tempo que não passo por aqui! Felizmente temos milhões de atividade para fazer e no final sentar e escrever toma um tempão que muitas vezes é interrompido subitamente pela Dona Thaís!

O fato é que: sem a moça que trabalhava aqui todos os dias, tudo virou de cabeça para baixo. Agora estamos conseguindo ter ordem na casa novamente. Descobri que alguém todo dia em casa cansa demais... Então duas vezes vai ser o suficiente!

Bom, na última postagem escrevi sobre o berçário! Resumindo, a Thaís adora ir prá lá. Parece que volta para casa com assunto sabe... Claro que as viroses vieram junto com o pacote, mas pensando pelo lado positivo estamos criando imunidade não é mesmo (rsrsrs)! Na verdade quem ficou mais doente foi eu e o Iverson, porque nela (ou talvez nas crianças em geral) a coisa é mais branda... Graças a Deus porque se fosse igual na gente ia ser meio complicado.

Nesse meio tempo também, voltamos na Dra. Henriqueta que disse que o pezinho da Thaís está perfeito. Todo o esforço está valendo a pena. Só para lembrar ela fica 14 horas por dia com a órtese. Então funciona assim: Banho e órtese as 20:00 e tiramos a órtese depois do soninho da manhã...isso quer dizer lá pelas 10:00 da matina.

Fomos na Dra. Elitânia Pontes, especialista em Sono e tivemos várias dicas sobre rotina e sono! Agora a Thaís segue uma rotina bem legal que permite ela descansar o necessário e a gente ficar tranquilo que está fazendo o melhor para ela.

Outra novidade é a papinha... Meu Deus a Thaís AMOU comida. Come com a maior vontade, abre bocão e tudo mais. Já faz dois meses que está comendo e quando fez 6 meses começou a jantar também.

Amanhã Thaisoca faz 7 meses! É muito gratificante ver o seu desenvolvimento. Estou muito feliz mesmo de ver ela tão feliz e saudável. Hoje especificamente ela começou a conversar muito durante o almoço, foi para o berçário e a professora disse que ela conversou demais. Até na hora de dormir ficou conversando e rindo para seu "amigo imaginário".

Fizemos algumas fotos dela ontem e hoje. Vou colocar aqui...











Bjos e até mais.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

No berçário!

No dia 07/janeiro começamos a fase de adaptação da Thaís no berçário. Ela gostou bastante e eu também. Acho que vai ter um ganho importantíssimo de amizades e também de desenvolvimento.

Ela foi para o berçário ainda de órtese e desde o dia 13/janeiro comecei a "desmamar" a órtese. Acredito que assim como ela está super acostumada só com a órtese deve ser difícil pra caramba desacostumar. Ela bate bastante a perna quando com órtese e fico preocupada dela bater muito o pé quando estiver sem a órtese e acabar machucando.

A nova regra agora é passar 14 horas por dia com a órtese. Então, desde o dia 13/janeiro eu resolvi tirar de manhã e voltar ao meio dia. Daí deixo ela de sapato. A partir do dia 16/janeiro comecei oficialmente a tirar a órtese e usar somente 14 horas por dia. Foi uma festa! Foi para o berçário sem órtese. Fiquei super orgulhosa!

Aqui vai o vídeo do dia que ela tirou a órtese e agora só usa á noite basicamente



Vejo muitos relatos de pais que ficaram com dó de deixar a criança com a órtese essas 14 horas e o bebê teve que usar mais tempo. Para que isso não ocorra estou criando algumas estratégias. Mantenho a Thaís de sapato o dia todo. Acredito que assim ela sempre vai acostumar a ter algo no pé. Não sei se estou certa mas estou seguindo meu coração!!! Mais prá frente conto se funcionou.

Modelo de sapatos/meias que estou vestindo nela:


Esses sapatinhos encontramos nas lojas da puket!





domingo, 13 de janeiro de 2013

Alguns videos para divertir


Alguns vídeos para divertir.....


Quando ela começou a "curtir" bater as pernas....



Aprendendo a virar....

Algumas dicas da órtese

Após a fase de adaptação com a órtese ainda descobri algumas coisinhas importantes que eu gostaria de compartilhar...São coisas que na prática são super importantes e a gente não pensa antes. Daí tem que sair correndo para tentar arranjar.

MEIA!

Sempre precisa colocar a órtese com meia, faça sol ou chuva. Em alguns blogs eu li que o pessoal, quando estava muito sol, cortava a pontinha da meia para refrescar. Fizemos  isso com duas meias da Thaís e eu não achei muito legal. A meia fica entrando e você passa o dia todo puxando a meia para fora.
Outra coisa, foi recomendado comprar meia com anti-derrapante, mas na hora de comprar não encontrei no número certinho que era 14. Só tem a partir do número 16 com anti-derrapante. Afinal o bebê que calça 14 não vai sair andando e precisa de anti-derrapante. Agora usando algumas com anti-derrapante não achei que fez muita diferença.
O que fez mais diferença foi calçar uma meia bem grossa senão fica bem vermelhinho o calcanhar. Na Thaís deu ficou daí colocamos um band-aid e funcionou.






Essas meias minha sogra havia trazido de fora pra gente e depois acabamos encontrando na loja da Puket.


ROUPA

Bom, roupa é um capítulo à parte. Esquece de macacão com pé. Cortei todos os pés dos macacões. Mijão então... não existe!! 
Resolvi que tinha que fazer alguma coisa para que ela não ficasse defasada na moda (rs). Brincadeiras a parte, andei bastante e acabei encontrando alguns modelos de macacão da marca Tip Top que não tem pé e que existe o último botão. É importantíssimo o último botão! Senão não dá para abrir para trocar a fralda.
Vou mostrar exemplos:

 A maioria dos macacões sem pé são fechadinhos na perna.     Daí eu cortei assim com a tesoura.


 A Tip Top faz esse modelo já com o último botão



Também encontrei calça jeans aberta...

Foi aí que tive a grande ideia de aprender a costurar... Na verdade sempre achei meio importante saber alguma coisa de costura. Achava muito legal minha vó e minha mãe costurando... Pensei que talvez pudesse aprender... Estava perto do meu aniversário e meu lindo marido resolveu me dar uma máquina de costura. Foi excelente! Não sabia nem como ligava e lembro que li o manual todo para aprender como colocar a linha na máquina. Comprei também um máquina de pregar esses botõezinhos de roupa de bebê. E acabei reformando várias peças de roupas. Entrou até bermuda do maridão na dança!!!





Calça que eu reformei!!

P.S. Depois de ter reformado a calça, minha mãe encontrou na TipTop calças de moletom que já são feitas com abertura! Muito mais fácil.




ESPAÇO DO FERRO DA ÓRTESE

Uma questão muito importante é o ferro do meio da órtese. O espaço dos pés não pode ficar nem muito aberto e nem muito fechado. Tem que ficar na medida certa. Se os pés ficarem muito juntos o bebê fica muito irritado. Converse sempre com o médico.

INCENTIVO

Uma coisa importantíssima que eu li num blog foi que não podia fazer "festa" para tirar a bota! Por exemplo ficar falando "Que legal, vamos tirar essa porcaria..." Isso não pode!! Então, eu resolvi fazer assim: Quando tiro a órtese eu tiro como se fizesse parte da roupa. Primeiro tiro a bota e falo "Ei, quem vai tomar banho"....e ai vou tirando o resto da roupa. Daí na hora de colocar faço maior festa: "Olha quem chegou...Vamos colocar a bota para ficar bonita igual a Jessie".... É uma farra.... 







Nova fase! Órtese de Dennis Brown.

Como toda boa "rainha da ansiedade" eu estava super ansiosa para tirar o gesso e enfim começar a usar as botinhas.  Sabia que a órtese seria o último capítulo dessa looonga novela, mas também sabia que iria ser bastante difícil principalmente no início. Bom, para explicar rapidamente, a Thaís iria  ficar 23 horas por dia  com a botinha e só tiraria para tomar banho. Após 3 meses de uso da órtese, ela vai poder ficar somente 14 horas por dia (contando à noite para dormir), até os 3, 4 anos de idade!
A órtese foi confeccionada em São Paulo e demorou cerca de 12 dias para chegar em casa (eles enviam pelo Sedex). Foi tudo muito prático para pedir e mandar fazer a órtese. Mandamos por e-mail o pedido da Dra. e após realizado o pagamento da órtese a empresa mandou confeccionar.




No mesmo dia que chegou a órtese já liguei para a Dra. e colocamos a órtese na Thaís. Isso foi no dia 19/outubro uma sexta-feira.




Difícil??? Não..... Muito difícil. Quase impossível. Achei que ela nunca ficaria com a órtese. Não imaginava que ela iria estranhar tanto. Eu tinha ficado tão feliz que não ia usar mais o gesso, mas a agonia foi muito grande ao ver que a adaptação com a botinha estava ficando cada vez pior. Na sexta feira ela chorou muito, foi muito difícil fazer ela dormir. Depois de muita tentativa ela acabou pegando no sono e dormindo no berço. Quando eu acordei de manhã, vi que ela tinha acordado feliz e rindo bastante. Fiquei tão aliviada, lembro que fiquei conversando com ela e ela sorria bastante. Ela estava coberta e quando eu fui ver tinha escapado os dois pés da órtese! Quando eu vi comecei a rir, mas na verdade gostaria muito de acreditar que ela tinha se adaptado com a órtese.
Com um enorme aperto no coração colocamos a órtese e o choro começou novamente. Lembro que nesse dia estávamos sozinhos em SJCampos, sem pais nem mães e irmãos... O que fez muita diferença foi a ajuda de três super amigos que passaram a tarde em casa (Sil - a dinda, a Paula e o Danilo). Fez muita diferença com a ajuda deles naquele dia em especial. Serei grata para o resto da vida.
Enfim, na hora de dormir foi um show a parte! Thaís não parava de chorar (tinha a cólica também para ajudar) e lembro que dormi com ela no quarto, sentada na poltrona de amamentação e ela no meu colo! Eu fiquei segurando a órtese a noite toda para ela tentar se acostumar.
No dia seguinte, tínhamos dormido muito mal e eu fui para internet para tentar descobrir o que eu podia fazer para ajudar ela. Quais ferramentas eu tinha para fazer ela não sentir tanto que estava presa. Lí vários blogs e para falar bem a verdade não existe mágica. Tudo é uma questão de tempo e muita paciência. Tem blog que diz que você coloca um apelido na órtese (talvez isso resolva quando a criança for maior), outros dizem para não desistir. Tem um até que eu acho que ela desistiu porque lamentava muito e depois não tinha mais nada escrito - se ela não desistiu da órtese, desistiu do blog, rs.
Foi então que eu tive uma luz e depois de muito choro (meu e dela), aceitei. Engoli que ela ia ter que usar, que a botinha era bonitinha, que ela ia ficar igual a Jessie do Toy Story, com as botas de cowgirl. Daí peguei a roupinha que minha irmã Juliana tinha dado e que tem a estampa da Jessie e coloquei nela. Saímos para ir ao Subway aqui perto de casa e depois quando voltamos parece que ela também aceitou! Foi muito bom perceber que a gente, nossa mente, faz muita diferença. Só depende da gente mesmo.




rendeu até uma risadinha para o papai!
 

A adaptação com a órtese geralmente dura 3 longos dias. A Thaís não fugiu da regra!

 

Última consideração sobre o gesso.

Bom, uma parte importante que eu esqueci de mencionar é que precisamos de injeções de ânimo para não querer desistir de tudo. Então, aí vai um injeção:


No dia 04/set/2012 foi a colocação do primeiro gessinho da Thaís. A Dra. nos deixou bastante à vontade para ligar quando precisasse.
Lá pelo dia 7/set a Thaís estava extremamente irritada e chorava demais. Achamos que o gesso estava bem apertado no coxa e que estava incomodando bastante. Mandei a foto para o celular da Dra. e ela concordou. Era feriado, eu estava em São Paulo então ela pediu para tirar o gesso com água morna e vinagre na banheira. Foi super trabalhoso mas ficamos bastante aliviados em ver o alívio dela também.



O Gesso apertando a coxa, dando impressão de estrangulamento....



A aventura de tirar o gesso na banheira! Maior trampo.




A pele super sensível e vermelhinha onde o gesso estava pegando.





Os pezinhos já estavam bem retos quando a gente tirou o gesso.





Um dia depois os pezinhos voltaram a ficarem tortinhos.

Na verdade, o que eu queria compartilhar é que do dia 04/set ao dia 8/set o pé já havia voltado bastante ao normal, nos deixando bastante surpreso com a técnica utilizada e a resposta ao tratamento. Um pouco desanimador foi ver que no dia seguinte, por ela ter ficado sem gesso 24 horas, o pé já estava tortinho novamente!

Não desanime! Vai ficar bom!!! Não tire o gesso por vontade própria. Espere o Dr. achar necessário como foi o caso da Thaís.




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vantagens do Gesso!!

Será que realmente existe alguma vantagem no uso do gesso? Eu por exemplo não via a hora de tirar o gesso e foi quando descobri que além do gesso ela ia usar ainda o suspensório! Putz...Daí você pensa: Só o gesso eu aguentava de boa, agora com esse suspensório....

Enfim, após inúmeras tentativas de "suborno" para que a Dra. liberasse a Thaís do uso do suspensório (e nenhuma tentativa surtiu efeito - a Dra. é brava, rs), tivemos que engolir o choro e usar o aparelho! Bom, esse aparelho só poderia ser tirado nas trocas de fralda e para o banho de gato!





 Então, tentando ver o lado "bom" de usar o gesso tenho algumas considerações a fazer:

Se o bebê nasceu no inverno e faz o tratamento no inverno é ótimo! Sempre fica quentinho depois que o gesso seca!
Se nasceu no verão estará livres de picadas de pernilongo nas pernas (pelo menos aqui em São José tem muitos pernilongos).

Uma outra vantagem e acho que a melhor de todas é que aproxima muito a família! Todos querem saber informação sobre o tratamento, como é e como não é! Eu não ligava muito de explicar para cada um o que a gente tinha que fazer e quais eram as etapas do tratamento... Na verdade me sentia meio que na obrigação de falar sobre tudo isso. Afinal de contas se veio prá gente, alguma coisa eu tinha que fazer com essa informação (tinha muito focado em mente que se eu tive o privilégio de saber antes dela nascer e de poder  tratar com a Dra. Henriqueta  é porque algum motivo tinha nisso tudo). Só não gostava muito quando alguém perguntava se ela tinha fraturado a perna! Eu sempre achava que estavam me julgando... Mas eu nunca deixei de sair com Thaís por conta disso! Preferia explicar com um leve sorriso no lábios, pensando lá no fundo: Que raio de mãe você acha que eu sou?!
O mais legal era explicar para as crianças! Eles, todas as vezes que viam a Thaís, perguntavam o que ela tinha no pé, se ela sentia dor e etc... É engraçado que surge neles um sentimento de compaixão! Acho muito interessante crianças de 4 a 6 anos já terem esse tipo de sentimento! E o melhor era ver a carinha deles quando eu dizia que já ia tirar o gesso! Tanta felicidade que parecia que o gesso era neles!!

 Lembro que teve um dia que minha família veio de SP e que colocamos a criançada toda para assinar o gesso! Foi aquela bagunça!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Hora do banho

Acho que a pergunta campeã é sobre a hora do banho...
Quantas vezes ouvi: Nossa tadinha...como faz na hora do banho?

Bom, respondendo à perguntas: Banho de gato! Já ouviu falar? rs

No lema do "tentativa e erros" seguimos com a primeira opção:

Plástico filme (magipack)- É bom, mas pouco prático na hora de colocar porque ele não gruda direito no gesso...então você fica encapando, encapando e na hora que vai ver tá tudo engruvinhado no joelho, haja paciência... Vale a tentativa, mas vai dar maior trabalhão para colocar e vai molhar do mesmo jeito...


















Saco plástico - Não cabe na perna até a coxa e difícil de amarrar! Acaba entrando água pela coxa...

Toalha bem grossa nas pernas/ meião de futebol do vovô - Uma hora vai molhar, talvez só para proteger funcione...mas vai molhar um pouco...






Talvez o que mais ajudou foi o seguinte: SEMPRE fazer com duas pessoas. Existe um suporte da burigotto que mantém as costas inclinada na hora do banho... O que fizemos foi inverter e colocar os pés ali ao contrário. O suporte dá para ver bem na foto de cima...Enchíamos de água até metade dele, e alguém segurava e enxugava na hora que molhava perto da coxa para não correr risco de umidade no gesso, mas...às vezes acontece!!

E o que acontece quando molha? E o que acontece quando o bebê cresce muito??

Isso:


A Thaís cresceu meio rápido, ganhava muito peso cada semana, então o gesso apertava! Nessa foto de cima acredito que o gesso molhou um pouco... Enfim, se tiver molhado não entre em desespero, o melhor a fazer é secar com o secador e toalhas! Agora se for porque o bebê cresceu é melhor falar com o Dr(a). e trocar o gesso com uma frequência maior...O gesso da Thaís "vencia" após 5 dias!! Aí ela já ficava incomodada e a Dra. trocava.



Dia a dia com o Gesso!

Olá... Demorei mas voltei para explicar sobre o gesso.

Bom, no início havíamos visto bastante fotos na internet de bebês com gesso, mas na hora de colocar no seu bebê aí é punk mesmo.

Importante: Não ligue para as pessoas que dizem que é assim mesmo e que vai passar e que é bom agora que ela é pequena. Isso tudo é muito óbvio... o pessoal só quer confortar e ajudar mesmo!! Mas ninguém melhor que você sabe o seu sentimento!! Fiquem tranquilos...a pedra nunca é mais pesada do que aquela que podemos carregar.

Só para se ter uma ideia, cada troca de gesso, na noite anterior eu não dormia e pior, passava mal de precisar ir para o hospital tomar soro com medicamento para gastrite aguda. Pode parecer besteira, mas mexe muito com a gente o fato do seu bebê precisar se limitar para usar um treco pesado na pernas... mesmo que seja para o bem dele...

Algumas fotos da colocação do primeiro gesso. No começo eu tinha muita vergonha de ficar tirando foto...mas nada mais natural do que querer guardar esse momento para o futuro... graças a minha Mãe temos essas fotos e é super legal olhar e ver o que já passamos....


Primeira etapa é hidratar bem a pele do bebê...








Depois mede com a malha tubular o tamanho que vai da coxa até o pé!!!


Com muito carinho e dedicação coloca-se o pé de volta no lugar...
E o resultado final é um bebê de gesso e uma mãe de mãos cruzadas do lado meio dizendo: e agora.....


Enfim, conversar com a Dra. e com as enfermeiras, criar uma no momento agradável na hora de colocar o gesso é o que adianta!! Ficar bem pertinho do bebê e dar conforto a ele... Lembro que eu fiquei muito perto e que a Thaís abriu o berreiro e a Dra. pediu para eu me afastar um pouquinho... Eu devia estar atrapalhando um pouco o procedimento rsrsrs. Mas, de qualquer forma ficar por perto é essencial para dar segurança afinal você é a única pessoa que ela conhece ali naquele momento...

A Dra. orientou para que ficássemos de olho nos dedinhos dela... se ficasse roxinho era para avisá-la imediatamente.

Lembro que no dia havia pedido para minha mãe vir de São Paulo para me dar apoio psicológico no primeiro dia do gesso. Foi o que aconteceu...Foi muito importante pra mim ela aqui, e talvez ela nem saiba quanto me ajudou... Só que teve uma coisa que hoje eu mudaria!! Nesse dia que colocamos o gesso eu tinha minha consulta em SP com o obstetra...e na hora eu estava tão ansiosa para resolver tudo que resolvemos então ir com a Thaís para SP... Então foi assim: colocamos o gesso de manhã...ficamos em casa um pouco com ela dormindo no próprio bebê conforto (o que não foi legal, mas eu estava arrumando as malas para ir para SP), e depois saímos... Putz...hoje vejo que foi muito para ela. A viagem foi péssima, com ela muito nervosa no banco de trás, acabei pulando para trás também no intuito de resolver o problema (que até então não sabia qual era, mas mãe é mãe e tentei acalmar de qualquer jeito - hoje já sei que o gesso estava frio na perna dela). Quando chegamos em SP, corridinha no Dr. Armindo (obstetra) e no Dr. Leonel (pediatra da Tatá em SP)... Depois era níver do Enzo e fomos até a casa da minha irmã... Como ela estava super tranquila quando chegamos em SP resolvemos fazer tudo isso...mas vendo hoje parece loucura ... não imaginava que isso tudo ia deixar ela tããããão cansada....Hoje preservo muito mais ela de taaaantas atividades...e os meus "tinha que fazer" ficam mais para "vamos tentar fazer"....

Enfim... o mais importante nisso tudo foi que percebemos que dia de gesso é bom ficar quietinha em casa.... A primeira fase do gesso ele esquenta bastante... até aí tudo bem porque o neném fica de boa (a não ser que seja um calor de 43.5°C do Rio de Janeiro daí vale até usar ar condicionado). Depois a segunda fase que é ruim que o gesso está molhado e esfria muito. O que fazer então?? Enrolei toalhas uma vez... também usei secador na outra vez... vale ir para o sol...Na verdade nessa hora vale tudo. Sempre minha mãe diz " tentativa e erro" e é a mais pura verdade....Uma dica importante é tentar colocar o gesso pela manhã, porque o dia vai ser mesmo mais chatinho, mas pelo menos não é de noite :)



No final colocar o gesso já não era grandes mistérios...Lembro que nesse dia foi especial porque descobrimos que mamando a mamadeira ela chorava bem menos...E olha a cara de tranquilidade...


Uma dúvida comum que eu tinha era se tinha que comprar roupas adaptadas, hoje já sei que na fase do gesso não precisa. Macacão mais larguinho e pronto! Agora na fase da órtese as coisas mudam um pouco. Mais prá frente vou explicar....